Setor de serviços lidera pressão por mudanças na Reforma Tributária

A regulamentação da Reforma Tributária que está em discussão no Senado já recebeu 1.318 emendas até o início de outubro, sendo 715 modificativas; 464 aditivas; 138 supressivas e 1 substitutiva. Levantamento da consultoria Metapolítica, feito a pedido doPortal da Reforma Tributária, mostra que o setor de serviços é o que lidera no número de sugestões para fazer alterações na proposta. Ao todo, foram 170 emendas. O segmento inclui prestadores de serviços comerciais, profissionais liberais, setores culturais, entre outros.

A Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviço de Limpeza e Conservação (Febrac) é uma das entidades que tem buscado um diálogo mais próximo com parlamentares para garantir a manutenção dos milhares de empregos gerados pelas empresas do setor – um dos que mais emprega mulheres com baixa escolaridade no Brasil.

O Projeto de Lei Complementar 68/2024 foi aprovado na Câmara em julho e deve ser votado até o final do ano pelo Senado, tendo o senador Eduardo Braga (MDB-AM) como relator da pauta.

O tópico mais presente entre as sugestões tem o cálculo de IBS(Imposto sobre Bens e Serviços), o novo tributo que irá substituir o ICMS, dos estados, e o ISS, dos municípios. No total, foram 100 emendas relacionadas a este assunto.

Em seguida, aparecem o setor imobiliário (93), que vem se posicionando com muitas queixas aos novos impostos. Depois, vêm sugestões para mudar a concessão de créditos e resgate (87), a alíquota dos produtos (84) e o setor de transportes (71).

A Febrac está empenhada em apresentar soluções práticas e viáveis para os desafios que se apresentam. O presidente da entidade, Edmilson Pereira, chama a atenção para a importância de encontrar uma proposta que atenda às demandas do setor de serviços junto ao governo. “É hora de entrarmos com uma lei complementar que faça justiça tributária, garantindo que todos contribuam de forma equitativa”, ressaltou.

O economista Marcos Cintra alerta para o risco de um colapso econômico de longo prazo caso as medidas adotadas não sejam cuidadosamente planejadas. “Esta Reforma pode lançar o setor de serviços no pior quadro econômico que ele já viveu”, afirmou. Ele enfatiza a necessidade de medidas que não onerem excessivamente o setor, sob o risco de comprometer a geração de empregos e a saúde financeira das empresas.

Em sintonia com as preocupações levantadas por Cintra, o presidente da Febrac reforça a importância de uma abordagem equilibrada e justa. “Estamos empenhados em encontrar soluções que beneficiem não apenas algumas empresas, mas todo o setor de serviços”, afirmou Pereira. “É fundamental que as medidas adotadas pela Reforma Tributária sejam pensadas levando em consideração as peculiaridades e desafios enfrentados pelas empresas de asseio e conservação”, comentou.

Os congressistas de partidos de direita e do Centrão são os que mais querem mudanças no texto. Em primeiro lugar, aparece o Partido Liberal, de Jair Bolsonaro, com 384 sugestões. Depois, vem o PP (240), Republicanos (230), Podemos (109), PSD e União Brasil, com 85 cada.

Segundo o cientista político Jorge R. Mizael, sócio da Metapolítica, é natural que projetos estruturantes recebam um grande número de emendas. “Isso acontece porque se trata de uma mudança ampla, que afeta diretamente a forma como estados, municípios, setores econômicos e cidadãos vão lidar com a tributação. Assim, os senadores utilizam as emendas para representar as preocupações de suas bases e tentar aperfeiçoar o texto, como é esperado em um processo democrático, completou Mizael.

O senador Mecias de Jesus (Republicanos/RR) é o que mais apresentou propostas para alterar a reforma, com 169 emendas. Já o senador Izalci Lucas (PL/DF), coordenador do grupo de trabalho que trata do tema, apresentou 132 proposições.

Conheça as principais reivindicações do setor de serviços terceirizáveis:

– Desoneração da folha de pagamentos para todos os setores;

–  Emenda 158-U, proposta pelo senador Laércio Oliveira, que propõe a redução temporária de 30% nas alíquotas do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) para empresas de serviços terceirizados.

Fonte: Febrac

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O SEAC-MS, em parceria com o Instituto da Fécomercio (IPF MS), realizará uma pesquisa sobre a Lei da Aprendizagem, visando analisar a aderência por parte das empresas de Asseio e Conservação e identificar se há dificuldades, em atender a legislação vigente Lei da Aprendizagem (Lei nº 10.097/2000).

As empresas que não cumprem a obrigatoriedade de contratar jovens aprendizes podem enfrentar algumas sanções, que incluem:
1.⁠ ⁠Multa: As empresas podem ser multadas pela falta de contratação de jovens aprendizes, conforme a legislação trabalhista.
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3.⁠ ⁠Impedimentos em Licitações: A não regularização das obrigações pode resultar na exclusão de participação em licitações públicas.
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